Sabemos que questões estratégicas de negócio sempre são comentadas nos posts de Linkedin e geram inúmeras dúvidas quando se deve tomar uma decisão: contratar uma empresa fornecedora de tecnologia ou desenvolver a própria solução?
Benefícios, vantagens e evolução do mercado de Open Finance/Insurance são sempre mencionados em artigos e publicações de especialistas e consultores, porém, os custos incorridos por instituições que querem fazer parte do ecossistema de compartilhamento de dados no Brasil, são pouco comentados.
Neste artigo, vamos explorar o volume das interfaces (APIs) e funcionalidades que devem ser desenvolvidas, de modo a auxiliar instituições que estão dimensionando esforços para estudos de custo entre desenvolvimento interno e apoio em soluções de mercado, como a Lina.
Interfaces Público/Privadas – APIs
Vamos iniciar pelo escopo de APIs que devem ser desenvolvidas. Nesta primeira parte, vamos analisar o atual (agosto 2023) escopo dos ecossistemas Open e determinar as interfaces que serão utilizadas pela instituição aderente.
Para instituições que optaram pelo desenvolvimento interno das soluções, as interfaces devem ser desenvolvidas, mantidas e monitoradas pelo time interno da mesma.
Além do desenvolvimento e atenção às especificações do corpo diretivo dos ecossistemas, também devem ser considerados os custos de desenvolvimento, operação e evolução – que, no caso da Lina, são cobertos pela nossa solução e serviço de monitoramento.
Nossa solução Data Push possui todas as interfaces listadas acima desenvolvidas e testadas no Motor de Conformidade de ambos os ecossistemas.
Versionamento
Outra questão abordada em um artigo nosso, é a volatilidade das especificações que são características de um ambiente em maturação e que, também, se propõe a evoluir de acordo com os produtos financeiros e de seguros oferecidos no mercado brasileiro.
Traduzindo em números – de acordo com os changelogs (registro de mudanças) oficial do Open Finance, foram notificadas 106 versões atualizadas das APIs desde 2021, sendo 61 destas novas versões somente no ano de 2023 (janeiro – agosto).
Para instituições que optaram pelo desenvolvimento interno é importante dimensionar e contabilizar o esforço de desenvolvimento e manutenção para estas versões. Já para os clientes Lina, nosso time de desenvolvimento é responsável por realizar as alterações necessárias em cada versão – desonerando nossos clientes no processo de rollout de novas versões, e mantendo sempre as versões mais atualizadas em conformidade com a regulação do ecossistema.
Funcionalidades
Além das APIs, outras funcionalidades que fazem parte da conformidade regulatória/técnica das instituições também devem ser consideradas na escolha do desenvolvimento interno/contratação de soluções Open.
Exemplos de requisitos não-funcionais como padrões de segurança e certificação de segurança, abordados em um artigo, são requisitos base para o funcionamento dos participantes, e devem ser considerados por times técnicos dos participantes, tendo em vista a complexidade do desenvolvimento de soluções proprietárias.
Outras funcionalidades regulatórias acessórias ao fluxo de consentimento (dados e pagamentos) são exemplos de requisitos que também devem ser desenvolvidos pelo participante, como: FVP, PCM e Webhook (ou oferecidos por provedores).
Em ambos os casos, times interdisciplinares devem ser alocados para desenvolvimento e operação das funcionalidades, no caso de instituições que optaram pelo desenvolvimento interno.
As plataformas de conformidade e competição (Data Push e Pull) da Lina oferecem ambos requisitos (não-funcionais e funcionalidades acessórias) como padrão. Assim como o versionamento das APIs, também oferecemos atualizações e manutenção dessas ferramentas e componentes, fazendo parte do custo mensal da solução como um todo.
Apresentamos algumas questões que devem ser consideradas na avaliação de contratação de parceiros: a Lina desenvolve, homologa e certifica sua instituição no Universo Open, além de monitorar toda a evolução regulatória e dar suporte às atualizações frequentes que o ecossistema exige.