O que seria o Open Health?
Com as vantagens oferecidas pelo Open Finance no mercado financeiro brasileiro, o Ministério da Saúde estuda implementar o Open Health, aplicando a lógica semelhante aos dados dos pacientes. No Open Finance, a padronização dos dados para compartilhamento entre as instituições financeiras permite que sejam oferecidos serviços e produtos mais vantajosos de acordo com o perfil de cada cliente. Seguindo o mesmo raciocínio, o Open Health prevê a padronização dos dados dos pacientes, para que as instituições de saúde possam oferecer serviços mais personalizados, além de melhorar e agilizar o serviço prestado.
Em Janeiro, o ministro da saúde afirmou que pretende lançar o projeto, através de um MP (Medida Provisória), ainda esse ano, tornando possível a troca de informações entre convênios, laboratórios e hospitais. Com isso, será gerado um estímulo de maior competitividade no setor, conforme apontou um estudo realizado pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência). O Ministério da Saúde entrou em contato com Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central – órgão responsável pela implementação do Open Finance no Brasil -, e com o diretor da ANS (Agência Nacional de Saúde Complementar), Paulo Rebello, levantando alguns dados importantes para o projeto no Brasil. Atualmente, existem 727 operadoras médico-hospitalares registradas, sendo 700 ativas e com beneficiários. Já na área odontológica, existem 424 voltadas para a área, sendo 351 com beneficiários.
E como funcionaria na prática?
Na prática seria como uma carteira digital, onde o paciente poderia compartilhar seu histórico de saúde de forma ágil e segura, facilitando todo o procedimento com a instituição. Mas o mais impactante é seu histórico na palma da mão, constando vacinas que tomou, alergias que possui, exames que realizou, tudo de fácil acesso em casos de emergência. Também traria agilidade em triagens hospitalares, pois apenas com o nome do paciente já seria analisado doenças pré-existentes e facilitaria o encaminhamento interno. Além de simplificar trâmites, atualmente, engessados e tradicionais, já que não precisaria mais fazer um exame, buscar e levar ao médico, pois tudo ficaria conectado e, ao consentir, o médico teria acesso a tudo de forma rápida.
O Open Health é uma grande oportunidade para tornar o Sistema de Saúde Brasileiro mais ágil e eficaz, resultando em uma maior competitividade no setor e beneficiando os brasileiros. Nesse formato, o Open Health democratiza o acesso a informação, já que conecta banco de dados, tanto de instituições privadas, quanto do Sistema Único de Saúde – SUS -, facilitando o acesso ao histórico de saúde de forma completa e inclusiva.