O Open Banking permite o compartilhamento de dados de clientes entre instituições.
O Open Banking – ou Sistema Financeiro Aberto – permite, de forma segura e padronizada, o compartilhamento eletrônico de dados de clientes entre instituições financeiras, por meio do consentimento dos usuários e da integração de seus sistemas.
Isso significa que as informações dos consumidores (pessoas físicas ou jurídicas) poderão ser compartilhadas entre diferentes instituições, agilizando processos e possibilitando a oferta de melhores produtos e serviços financeiros.
Essa medida foi criada pelo Banco Central do Brasil e segue uma tendência internacional de compartilhamento de dados, garantindo autenticidade e segurança em todo o processo – que deverá ser autorizado pelo usuário.
O Open Banking é interessante ao consumidor, pois ele passa a ser o único titular dos seus dados pessoais e financeiros, e não mais os bancos. Ou seja, todo o histórico de crédito construído ao longo de anos com uma instituição (como contas pagas em dia, salários depositados, transações, empréstimos, etc) poderá ser levado eletronicamente para outro banco, sem que você tenha que iniciar um novo cadastro ou relacionamento do zero, facilitando (e muito!!) sua vida bancária.
Além de facilitar a vida dos consumidores, todo esse histórico de informações ajuda os bancos a oferecer serviços financeiros mais personalizados, como limite de crédito ou melhores taxas de juros para um determinado financiamento, por exemplo.
E quais são as etapas de implementação?
A primeira fase do processo regulatório foi iniciada no dia 1º de fevereiro de 2021 e já está concluída. Nela foi obrigatória a participação dos maiores bancos do país e foram compartilhados dados internos das instituições, como canais de atendimento, localização de agências, caixas eletrônicos e produtos e serviços oferecidos.
Já a segunda fase está em andamento desde 13 de agosto e ainda sendo implementada. Com essa etapa é possível o compartilhamento de dados cadastrais e informações da conta dos usuários, se eles assim desejarem.
A terceira fase, iniciada em 29 de outubro, surge com a possibilidade do compartilhamento de transações de pagamento, que permitirá que um pagamento tenha início fora do ambiente do banco – por meio de um aplicativo de mensagens, por exemplo.
Na quarta fase, com início previsto em 15 de dezembro, novas instituições entrarão no escopo, possibilitando o compartilhamento de dados relacionados a outros serviços financeiros.
Ainda em maio de 2021 o Banco Central anunciou que o atual modelo – Open Banking – seria substituído pelo Open Finance. Essa expansão permite que mais instituições financeiras façam parte do sistema. Além de bancos e fintechs, outras empresas integrarão o processo, como corretoras de seguros e de investimentos, companhias de câmbio, fundos de previdências, etc.
A abertura e o compartilhamento dos dados por empresas de seguros está sendo chamada de Open Insurance e liderada pela Superintendência de Seguros Privados – Susep, órgão vinculado ao Ministério da Economia que regulamenta e fiscaliza o setor de seguros no Brasil.
Já o compartilhamento de dados por corretoras de câmbio, investimentos e fundos de previdência, está sendo chamado de Open Investment e tem agenda liderada pelo Banco Central, CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e ANBIMA, entidade que representa os fundos de investimento e as instituições do mercado de capitais no país.
E o que surge com o Open Finance?
O Open Finance é então a evolução do Open Banking com o Open Insurance e o Open Investment. É um ecossistema regulado pelo Banco Central e demais entidades regulatórias, onde as instituições são obrigadas a cumprir uma série de padrões e requisitos de segurança voltados à melhor experiência do usuário. As exigências são estabelecidas pela Lei de Sigilo Bancário e pelos princípios da LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados, além do arcabouço regulatório instituído para o próprio ecossistema.
A abertura do sistema não significa que os dados bancários serão expostos publicamente. Pelo contrário. As informações serão compartilhadas com autorização do cliente e somente entre as instituições participantes do ecossistema. Por isso, não se preocupe, você estará seguro para compartilhar seus dados e realizar suas transações neste novo ecossistema financeiro que vem sendo construído, com a promessa de transformar a forma como consumimos produtos e serviços financeiros no Brasil.
O papel da Lina é acelerar a integração de sistemas e o compartilhamento SEGURO de dados, com tecnologia que atende do regulatório à inteligência de negócios e módulos de AI & Big Data, transformando dados em informações preciosas para a sua instituição.